A interação entre as placas tectônicas e os oceanos representa um campo de estudo fundamental na geofísica. A litosfera terrestre, fragmentada em placas tectônicas, interage dinamicamente com a hidrosfera, resultando em uma variedade de fenômenos geológicos e oceanográficos. A presente discussão visa analisar as implicações dessa interação, com ênfase na proporção das placas tectônicas que se encontram submersas e suas consequências para a geodinâmica global, os processos oceanográficos e a distribuição da vida marinha.
Limites de Placas Tectônicas – LEHG
Expansão do Fundo Oceânico e Criação de Placas
A expansão do fundo oceânico, impulsionada pela atividade vulcânica ao longo das dorsais meso-oceânicas, é um processo central na criação de novas placas tectônicas. Nessas zonas, o magma ascende do manto, solidifica-se e adiciona material à litosfera oceânica. A contínua adição de material, juntamente com o movimento das placas, resulta no aumento da área das placas oceânicas. Exemplos notáveis incluem a Dorsal do Atlântico Médio, onde a placa norte-americana e a placa euroasiática se afastam, impulsionando a expansão do Oceano Atlântico.
Zonas de Subducção e Destruição de Placas
Em contrapartida à criação de placas nas dorsais oceânicas, as zonas de subducção representam as áreas onde as placas tectônicas convergem e uma placa, geralmente a mais densa (normalmente a oceânica), mergulha sob outra. Esse processo, conhecido como subducção, resulta na destruição da litosfera oceânica de volta para o manto terrestre. A Fossa das Marianas, localizada no Oceano Pacífico, é um exemplo proeminente de zona de subducção, onde a placa do Pacífico mergulha sob a placa das Filipinas.
Impacto das Placas Oceânicas na Geodinâmica Global
A presença de extensas áreas das placas tectônicas cobertas pelos oceanos influencia significativamente a geodinâmica global. A densidade diferencial entre a litosfera oceânica e a continental impulsiona os processos de subducção, afetando o ciclo de Wilson e a formação de cadeias de montanhas. Além disso, a interação das placas tectônicas com os oceanos afeta a circulação oceânica global, a distribuição de calor e a química dos oceanos, com impactos profundos nos padrões climáticos e na distribuição dos ecossistemas marinhos.
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Processos Geológicos Associados às Placas Submersas
A atividade vulcânica submarina, a sismicidade associada às falhas transformantes e às zonas de subducção, e a formação de cadeias de montanhas submarinas são processos geológicos diretamente relacionados às placas tectônicas submersas. Esses processos moldam a topografia do fundo oceânico, influenciam a distribuição dos sedimentos e contribuem para a diversidade dos habitats marinhos. A exploração dessas áreas permite a compreensão da evolução geológica do planeta e a identificação de recursos naturais.
Aproximadamente 70% da superfície terrestre é coberta por oceanos. A maior parte do fundo oceânico é formada por placas tectônicas oceânicas. Portanto, uma grande parte das placas tectônicas está, de fato, submersa, representando uma porcentagem significativa da área total das placas.
A taxa de expansão do fundo oceânico é diretamente proporcional ao aumento da área das placas tectônicas oceânicas. Quanto mais rápido for o processo de expansão, maior será a área criada. Contudo, este processo é equilibrado pela destruição de placas nas zonas de subducção.
As fossas oceânicas marcam as zonas de subducção, onde uma placa tectônica mergulha sob outra. Elas desempenham um papel crucial na reciclagem da litosfera oceânica de volta para o manto terrestre e influenciam a distribuição de terremotos e vulcões em zonas de convergência de placas.
A atividade vulcânica submarina libera gases e minerais dissolvidos na água do mar, alterando a sua composição química. Esse processo influencia o pH, a salinidade e a disponibilidade de nutrientes, impactando os ecossistemas marinhos e o ciclo biogeoquímico global.
A profundidade oceânica em si não afeta diretamente a velocidade das ondas sísmicas que se propagam através do interior da Terra. No entanto, a estrutura geológica subjacente ao oceano, especialmente a composição e densidade das rochas, e a presença de água nos poros das rochas, podem influenciar a velocidade das ondas sísmicas. A sismologia de reflexão é usada para estudar a estrutura do fundo oceânico.
As zonas de fratura oceânicas são áreas de falhas transformantes, onde as placas tectônicas se movem lateralmente umas em relação às outras. Elas representam zonas de instabilidade geológica, com potencial para sismos e movimentos do fundo oceânico. A presença dessas zonas perto de plataformas de petróleo offshore deve ser cuidadosamente avaliada para garantir a estabilidade e segurança das estruturas, por meio de estudos de risco sísmico e monitoramento geodésico.
A compreensão da interação entre as placas tectônicas e os oceanos é essencial para uma visão abrangente da geodinâmica terrestre. A predominância das placas oceânicas e sua contínua criação e destruição impactam o clima, a química dos oceanos e a evolução geológica do planeta. Investigação aprofundada desses processos, utilizando dados geofísicos, oceanográficos e geoquímicos, é crucial para prever e mitigar os riscos naturais associados à atividade tectônica e para o desenvolvimento sustentável dos recursos marinhos. Estudos futuros devem concentrar-se na modelagem computacional da interação entre as placas e os oceanos, na exploração das zonas de subducção profundas e no monitoramento contínuo da atividade sísmica e vulcânica submarina.